Pesquisar este blog

Lume

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Diventarci

Ávidos abutres fúnebres marchantes cismam
crimes, cenas, penas folhas sem renascerão
Dançam como num desritmo envolvente
serpenteiam dos nossos dizeres
parece que num desafim sem fim.

Tentam, brotam muitos dos sentires costumeiramente
rompem nossos signos, desenhos desígnios
turvando muito bem os verdadeiros pontos.

Por que será que insistem nessa coisa
tão dorida e tão chorosa
que me faz os olhos não se resistirem
derramar ao verso Benedita Lacrima?

A língua portuguesa
não possui asneira imunda
o suficiente para designar
os cúmulos que vós nos impugnais!

O miráculo da vida existe extenso
no detalhe mais contorno, à mornidão
no acônchego de se fitar o afeto no olhar amigo.

Não há poder nem honra.
Não há o azar e a sombra
não deve ser levada em conta.

Os ombros - equidão sinceramente expressa,
a festa e a floresta em santa comunhão - resposta.
A nossa névoa vai se esvoaçar num hino
quando reverberar a voz do Grande Signo.