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Lume

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

agradeço a Você Deus pelo mais este magnífico
dia: pelos verdemente serelepes espíritos d'árvores
e um veraz azulado sonho de céu;e por tudo aquilo
que é natural que é infinito que é sim

(eu quem morri hoje vivo outra vez,
e este é o dia em que o sol dá-se à luz; é o dia 
em que nascem vida e amor e asas:e a qual grande
e feliz acontecendo limitavelmente terra)

como faria um sapiente tocante ouvinte vidente
respirante qualquer - elevado do não
que vem de todo o nada - ser meramente humano
duvidar O inimaginável Você?

(ora os ouvidos dos meus ouvidos despertam e
agora os olhos dos meus olhos se abrem)

poema por: E.E. Cummings   http://famouspoetsandpoems.com/poets/e__e__cummings/poems/14210.html
tradução: Conrado Segal

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Morada de Altares (música)

Se tu me quiseres saber com certeza
deves despir-te, deves calar

Se queres de mim conhecer fortaleza
deves abrir-te, deves cantar

Meu corpo é, ainda que frágil,
morada de altares, lugares tão meus!,
e onde quer que a beleza tocar
estarei também eu

Eu tenho o sorriso, um escudo sincero
e sua dureza é impenetrável

Eu tenho uma flecha certeira
austera qual inabalável poesia
de pele suave, macia: a voz


Meu corpo é, ainda que frágil,
morada de altares, lugares tão meus!,
e onde quer que a beleza tocar
estarei também eu