O mundo anda mesmo cheio de cores,
cores muitas, sutis coléricas cores.
O mundo anda ostentando
uma complexidade mesmo fora
da minha total compreensão ou consenso.
Andando as calçadas pixadas da vida
eu ando à procura da cor dos olhos
de avenidas, outdoores e anúncios
de cores soberbas supostos colírios
cantando em falsete.
Nesta aquarela moderna as cores
transitam-se violentamente
sem nem degradê, e os frâmes
sem nem degradê, e os frâmes
são como porradas nos olhos.
Altares de Sórum se ergueram nos nossos
pomares de sonhos. O silício do tempo e o cansaço
bateram nos ombros da outrora sã vida.
Qual tempo terá sido esse em que o Medo tomava o poder?
Qual vento maligno seria esse que destronaria o Amor do seu Reino?
Nenhum comentário:
Postar um comentário