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Lume

terça-feira, 17 de maio de 2011

como o Sol, como a Chuva ou Trovão

Deveria, em teoria, ser fácil amar-te
mas como em dimensão humana,
raça essa tão imersa em teias,
pouco de simplório haja, 
o labor de entregar-te 
o amor que há em mim
é uma arte que requer
treino e condicionamento.
Simples o é, de princípio.
Porque chegou e instalou-se
porque simplesmente sim. 
Tão ditador e peremptório quanto Deus.
Todavia a esse mesmo Deus 
agradou-Lhe que não,
que tu não me amarias e pronto.
Deveria ser fácil, mulher, também para ti
receber esse amor tão magnânimo, doce
trouxe a mim várias cores, e a ti um espelho
mágico que te faz mais bela, e ao te olhares
nele refletida mais bela te tornas.
por Cândido Cordeiro
Este amor que me assola
é um imenso jardim 
que me encoube florir
e velar-lhe as acácias e as rosas
e orquídeas e outras espécies
de flores tão ímpares
que o meu amor fez crescer
e que esperam-te a ti para lhes batizares 
com o nome queiras.
À entrada teço um lindo tapete,
um pequeno tapete. Pequeno
e simples, com os dizeres
“Bem Vinda à Casa”
ou o que mais te aprouver
que lá esteja escrito porque também
esse tapete é mágico e que te adivinha
o querer pois o teu querer é o querer
do meu coração cujas cordas
tu tocas como a um violão. 
Cordas que usei pra coser o tapete.
Só não queira que morra
este amor que está aqui 
mesmo que tu não queiras
entrar o jardim ele existe
pra quando lhe precisares.
E não digas que não 
e te peço que aceites
ao menos e reverencies
a grandeza do amor que há
em nós, mesmo que apenas em mim
sem ti não o haveria, pois a ti
te pertence e fazer o quê
na vida há coisas que há que aceitar
como o Sol, como a Chuva ou Trovão.

3 comentários:

Diego Barbosa disse...

geminianos desgraçados!

Diego Barbosa disse...

mui belos versos.

Luis Eustáquio Soares disse...

salve, conrado. belo blog. o poema é amorosamente desterritorializado, porque sabe que estamos sob o sol, a chuma,o travão.
bravo.

meabraço,
de la mancha