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Lume

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Quatro Amores

O espaço, e ainda mais, a imantada matéria
dos clímaxes sonoros, lúdicos, luminecentes,
num salto - fogo - celebrar-se-ão mais vidas;
produzirão reflexo, espelho, d'alma, ventre.

Depois ao tempo encontrarão; às duras horas,
serão mais níveis de percepção: limite, cura...
Em riste hei sempre preso entre um porvir momento
e um indo, ido, feito, fato: perconcluso o sempre agora.

Questões aéreas surgem repentinamente;
creio que do conflito dos porquês, das crises.
Explicam-se, replicam-se, desmentem-se e repetem-se.
O ar que à terra aos poucos faz leve poeira, 
que ao fogo excita-se ou consome-se conforme queira.

E a água vem lavando tudo, remixando
fluidificando máculas, dissolve, envolve e chove.
Sem água, tudo seria metal e névoas, 
quem sabe rocha aqui, pedra de lá;
sem água não seria possível Pétalas.

3 comentários:

Unknown disse...

tudo tem a ver.
=)

Lis Motta disse...

que belo! particularmente, uma alegoria muito interessante...rs

os elementos e sua feliz sintonia....sintonias nem sempre são muito harmônicas, não é?...pra mim, esse é o "tudo a ver".
disse bem, isadora...

e conrado, disse muitissíssimo bem
:)

Me disse...

Sem duvida a sua lucidez louca transpareçe.
Suas palavras são sempre belas meu bem .