Pesquisar este blog

Lume

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Soneto do amar-te muito.

Amo-te imenso, amo-te intenso, te amo.
Amo-te em corpo violento, enorme,
amo-te em grandes estruturas fortes,
de um jeito parvo, genial, insano.

Sou todo amor e dele todos tenho,
sendo-te escravo, amante, irmão, amigo,
sendo contigo um rei dolente e reto,
guardo-te afeto, fome, pulso, espírito.

Tu és meu grito, meu maior silêncio.
És no que penso e se te penso, sou.
Amo-te, eu sei, e essa é minha sorte.

Só de te ver, amada, a alma escorre
em rios, quedas d'água multicor
e meu amar-te muito é minha morte.


                                                                             (Cândido Cordeiro)

Nenhum comentário: